Passou-se pela minha cabeça: como eu gostaria de ser como algumas pessoas, que apenas vivem e aceitam o que a vida impõe, sem grandes crises ou questionamentos filosóficos. Não me refiro aos questionamentos da adolescência, que são normais. Diria que podemos até diferenciar as pessoas em dois grandes grupos: as que tudo aceitam, acatam e não questionam, por não ser de seu acesso e seguem em frente como segue o gado cutucado com um graveto na bunda; e as pessoas de espírito inquieto, questionador e extremamente vulneráveis a tapas certeiros, pela sua petulância de querer sair da ordem e modificar o pré-definido e pré-existente, por mais que seja uma coisa boa tal ato.
Como gostaria de ser como algumas pessoas que apenas acreditam. Acreditam e nem sabem o porquê de acreditarem. Acreditam sem saber e permanecem vivendo, livres de maiores dúvidas. Livres da curiosidade do "por que?".
Somos gado? Ou somos questionadores natos? Será que não é bom ser gado de certo modo? Acho que sofreria menos se deixasse as coisas passarem e simplesmente acontecerem. Se meus problemas fossem como gravar o último capítulo da novela na tv. Não dá...
Questionadores pensam. Se pensam, questionam. As dúvidas não são sinônimo de falta de compreensão. Justamente por compreendermos é que dúvidas podem surgir. Pela imaginação e envolvimento.
Viva a dúvida e as perguntas.
Sono. Vou dormir...
Cabelos azuis 2:39 a.m.
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