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terça-feira, setembro 24, 2002

Impressionante como essa música é maravilhosa... (Sujeitos devidamente ajustados, já que essa música é "A" música - impossível deixar de associar. Ainda estou apaixonada, lembram-se? ;-) Fofinho, luv ya! Essa é pra você! Pode gongar! (risos)

To lead a better life I need my love to be here...

Here, making each day of the year
Changing my life with the wave of his hand
Nobody can deny that there's something there

There, running my hands through his hair
Both of us thinking how good it can be
Someone is speaking but he doesn't know she's there

I want him everywhere and if he's beside me
I know I need never care
But to love him is to need him everywhere
Knowing that love is to share

Each one believing that love never dies
Watching his eyes and hoping I'm always there

I want him everywhere and if he's beside me
I know I need never care
But to love him is to need him everywhere
Knowing that love is to share

Each one believing that love never dies
Watching his eyes and hoping I'm always there

To be there and everywhere
Here, there and everywhere

The Beatles - Here, There and Everywhere.

Cabelos azuis 2:54 a.m. °

Se os livros de auto-ajuda de fato pudessem melhorar a vida das pessoas, o mundo seria bem melhor, não acham? Em termos de qualidade de vida, todo mundo sairia ganhando, todos seriam felizes com simplicidade. Mas não é verdade. Isso não acontece, não do meu ponto de vista. Porque de certo modo, essas merdas são das que mais vendem nas livrarias, assim como livros sem profundidade filosófica e romances água com açúcar sem tempero. Deve ser de igual sucesso obras "magníficas" do cacife das coleções de piadas do Casseta e Planeta, sem contar as peculiaridades dos livros ilustrados, com aquele monte de fotos de bichos fofos em posições engraçadas com um texto medíocre ao rodapé. Nada nos acrescentam. Mas me estarrece como vendem.

Fiquei impressionada com a coletânea de livros deste nível aqui em casa. Não meus, claro. Apenas alguns, confesso - como o "estonteante" Mundo de Sofia, o qual jamais tive paciência pra ler até o final. Dos quais me arrependo de ter gasto meu precioso dinheiro. A coleção de livretos do Paulo Coelho que veio na Caras. É foda assumir isso. Mas eis que me veio a esperança de achar algo interessante entre a coletânea trash da estante do meu pai. Entre os livros da Cabalah, criação de carpas e técnicas de hipnotismo, eis que me veio à mão o Admirável Mundo Novo do Aldous Huxley. Sensação de que esse livro promete... parece ser muito bom, ele "pisca" na minha mão pedindo pra ser lido, em cores psicodélicas da capa impressa na era do LSD. Primeira impressão de uma tiragem de 1966 do livro criado em 1931, é um "clássico" que hoje poderei ter o prazer de finalmente ler. Espero que todas as pessoas possam repensar a qualidade de suas escolhas, e poder usufruir de coisas verdadeiramente boas. E deixar o pensamento fluir junto com os delírios ornamentais de seus autores. Quando um livro é bom o bastante, devoramos palavras como um esfomeado devora um prato de comida, mas quando o livro nos consome o tempo com inutilidades que nada nos inspira, não adianta. Livros são feitos para se consumir, para se ler e delirar, ter idéias, imaginar, sonhar. Não dá pra ler coisas chatas! Paulo Coelho não dá! Eu não preciso ler Camões, porque acho Os Lusíadas fatalmente sonífero. Não passo das primeiras páginas!

De certo modo, as pessoas precisam ler o que lhes dê mais prazer, é verdade. Mas ter prazer com Machado de Assis não é pra qualquer um. É mais comum as pessoas pensarem em ler O diário de Bridget Jones, que é mais adequado aos seus estilos de vida superficiais. Nada que tome tempo com o convite às reflexões muito profundas. Falo bobagem? Não sei. Mas parece ser a verdade pelo que observei nas pessoas. Bom, deixa isso pra lá.
Desde que as pessoas leiam mais, o mundo já fica mais interessante.

Cabelos azuis 12:51 a.m. °